Pode ser
difícil compreender como os genes, o ambiente, e outras influências
relacionam-se umas com as outras, como um determinado fator pode
“influenciar" um resultado, mas não causá-lo, e como a fé entra nisso. O
cenário abaixo é condensado e hipotético, mas é selecionado da vida de pessoas
reais, ilustrando quantos fatores diferentes influenciam o comportamento. Note
que o que se segue é apenas um de muitos caminhos que podem conduzir à
homossexualidade, mas um caminho comum. Na realidade, o caminho de cada pessoa
à expressão sexual é individual, porém muitos pontos comuns podem ser
compartilhados com os de outros.
(1) Nosso
cenário começa com o nascimento. O menino (por exemplo) que um dia poderá vir a
enfrentar uma luta com a homossexualidade nasce com determinadas
características que são um tanto mais comuns entre homossexuais do que na
população em geral. Alguns destes traços foram herdados (genéticos), enquanto outros
foram causados pelo desenvolvimento intrauterino (hormonais). Isso significa
que um jovem sem estes traços terá menos probabilidade de se transformar mais
tarde num homossexual do que alguém com eles.
Quais são
estes traços? Se pudéssemos identificá-los precisamente, muitos deles poderiam
ser transformados em dons ao invés de problemas, por exemplo, uma disposição
“sensível”, uma criatividade forte, um sentido estético aprimorado. Alguns
destes, tais como a maior sensibilidade, poderiam ser relacionados aos traços
fisiológicos que igualmente causam o problema, tal como uma resposta à
ansiedade superior à média a todo o estímulo dado.
Ninguém
sabe com certeza apenas o que estas características hereditárias são;
presentemente nós temos somente sugestões. Se fôssemos livres para estudar a
homossexualidade corretamente (impedidos por agendas políticas) nós
esclareceríamos certamente logo estes fatores – mas apenas estamos fazendo em
áreas menos controversas. Em todo caso, não há absolutamente nenhuma evidência
de que o comportamento homossexual em si seja herdado diretamente.
(2) Numa
idade ainda muito jovem as características hereditárias potenciais marcam o
menino como o “diferente". Ele encontra-se a si próprio um tanto tímido e
incomodado com o típico “ruge-ruge” (brincadeiras violentas, agitação) de seus
pares. Talvez ele seja mais interessado na arte ou na leitura - simplesmente
porque ele é esperto. Mas quando mais tarde ele pensar sobre sua vida passada,
encontrará dificuldade em separar nestas diferenças comportamentais o que veio
de um temperamento herdado e o que era motivado pelo fator seguinte, a
saber:
(3) Isso
pela razão de que, ele recorda uma dolorosa dissonância entre o que ele
necessitava em relação ao que seu pai lhe ofereceu. Talvez a maioria deles
concordasse que seu pai era visivelmente (sensivelmente) distante e ineficaz;
talvez fosse apenas que as suas próprias necessidades eram tão originais que
seu pai, mesmo sendo um homem aceitável, nunca poderia encontrar a maneira
correta de atendê-las completamente. Ou talvez seu pai realmente não gostasse e
rejeitasse as sensibilidades de seu filho. Em todos os casos, a ausência de uma
relação feliz, morna, e íntima com seu pai levou o garoto a afastar-se
desapontado, defensivamente, a fim de proteger-se.
Mas,
tristemente, este afastamento de seu pai, e do modelo masculino de que ele
necessitava, igualmente deixou-o menos capaz de relacionar-se com seus pares
masculinos. Nós podemos contrastar este ao menino cujo pai amoroso morre, por exemplo,
mas que é menos vulnerável a uma homossexualidade futura. Isso é porque a
dinâmica comum no menino pré-homossexual não é meramente a ausência de um pai –
literal ou psicologicamente - mas a defesa psicológica do menino contra o seu
repetidamente decepcionante (desapontador) pai. De fato, um jovem que forme
esta defesa (talvez por terapia precoce, ou porque há uma outra figura
masculina importante em sua vida, ou devido ao temperamento) é muito menos
propenso a tornar-se homossexual.
Dinâmicas
complementares envolvendo a mãe do garoto são igualmente prováveis de terem
desempenhado um papel importante. Pelo fato de as pessoas tenderem a casar com
outros que têm “neurose de bloqueio,” o menino encontrou-se provavelmente em um
relacionamento problemático com ambos os pais.
Por todas
estas razões, quando como um adulto ele olha para trás em sua infância, o agora
homem homossexual relembra, "No começo eu sempre fui diferente. Eu nunca
me dei bem com os meninos da minha idade e me sentia mais confortável em torno
de meninas”. Esta memória exata traz-lhe a sensação, de forma convincente, de
que a sua homossexualidade estava "pré-programada" desde o
começo.
(4)
Embora tenha esse afastamento defensivo de seu pai, o menino ainda
carrega silenciosamente dentro de si um anseio terrível pelo calor, amor, e o
cerco dos braços do pai que ele nunca pôde ter. Cedo ele desenvolve intensas
fixações não-sexuais em relação a meninos mais velhos que ele admira, mas à
distância, repetindo com eles a mesma experiência do desejo e da
indisponibilidade que teve com o pai. Quando a puberdade se instala, os
impulsos sexuais - que podem se unir a todo o objeto, especialmente nos machos
- vêm à superfície e se combinam com sua já intensa necessidade por intimidade
masculina e calor. Ele começa a desenvolver paixões homossexuais. Mais tarde
recorda, “Meus primeiros desejos sexuais foram dirigidos não a meninas, mas a
meninos. Eu nunca estava interessado em meninas."
A
intervenção psicoterapêutica neste momento e mais cedo pode ser bem sucedida em
impedir o desenvolvimento de uma homossexualidade mais tardia. Tal intervenção
ajuda o menino a mudar seus padrões efeminados em desenvolvimento, (que se
derivam de uma recusa em se identificar com o pai rejeitado), mas também direcionada
a ensinar ao pai (se ele conseguir aprender) como tornar-se apropriadamente
envolvido e relacionado com o seu filho.
(5)
Quando ele amadurece (especialmente em nossa cultura, onde cedo as experiências
sexuais extraconjugais são sancionadas e mesmo incentivadas), o jovem, agora um
adolescente, começa a experimentar a atividade homossexual. Ou alternativamente
suas necessidades de proximidade para com o mesmo sexo podem já ter sido
aproveitadas por um menino mais velho ou por um homem, que rapinaram sexualmente
sobre ele quando era ainda uma criança (recorde os estudos que demonstram a
incidência elevada dos abusos sexuais no histórico da infância de homens
homossexuais). Ou, opostamente, pode ter evitado tais atividades por medo e por
vergonha apesar de sua atração a elas. Em todos os casos, seus agora
sexualizados desejos não podem meramente ser negados, porém ele pode se
esforçar muito contra eles. Seria cruel da nossa parte neste ponto considerar
que estes desejos são uma simples questão de "escolha".
Certamente,
ele recorda ter passado meses e anos de agonia tentando negar completamente a
existência desses desejos ou os afastando, inutilmente. Alguém pode facilmente
imaginar como é justificada a sua irritação quando mais tarde alguém o acusar
ocasional e irrefletidamente de "ter escolhido" ser
homossexual.
Quando
ele procura ajuda, ouve uma de duas mensagens (e ambas o deixam terrificado):
“Os homossexuais são pessoas más e você é uma pessoa má por que escolheu ser
homossexual. Não há nenhum lugar para você aqui e Deus providenciará que você
sofra por ser tão mau” ou “A homossexualidade é 'de nascença' e imutável. Você
nasceu dessa maneira. Esqueça sobre seu sonho de conto de fadas de casar e de
ter filhos e viver em uma casa pequena com uma cerca de piquetes brancos. Deus
o fez da maneira que você é e o destinou para a vida gay. Aprenda a
apreciá-la."
(6) Em
algum momento, ele se deixa levar por seus profundos desejos para o amor e
começa a ter experiências homossexuais voluntárias. Ele descobre -
possivelmente para seu horror - que estes velhos, profundos e dolorosos desejos
são, pelo menos temporariamente, e pela primeira vez, compensadores.
Embora
ele deva também às vezes sentir um conflito intenso, ele não pode deixar de
admitir que o prazer é imenso. O sentimento provisório de conforto é tão
profundo - indo bem além do mero prazer sexual, que qualquer um se sente em uma
situação menos preocupante – o que reforça poderosamente a experiência. Assim,
por mais que ele possa se esforçar, ele será conduzido poderosamente para
repetir a experiência. E quanto mais ele faz, está reforçado mais e mais que
ele repetirá outras vezes, embora frequentemente o senso de diminuição retorne.
(7) Ele
igualmente descobre que, tanto quanto para qualquer um, o orgasmo sexual é um
apaziguador poderoso das aflições. Engajando-se em atividades homossexuais, ele
cruza um dos limites mais críticos e fortemente reforçados do tabu sexual. É
agora fácil para ele cruzar também outros limites do tabu, especialmente o
significativamente menos severo que se refere à promiscuidade. A atividade
homossexual logo se transforma no fator central na organização da sua vida,
enquanto adquire lentamente o hábito da troca regular de parceiros - não apenas
por causa de sua necessidade original do calor paternal do amor, mas para
aliviar sua intensa ansiedade.
(8) Sua
vida se torna mais conflituosa e angustiante do que a da maioria das outras
pessoas. Algo disto é devido ao fato, sempre relatado pelos ativistas, de que
todos frequentemente experimentam dos outros uma fria falta de simpatia ou
mesmo hostilidade aberta. As únicas pessoas que parecem realmente o aceitar são
outros homossexuais, e assim se forma uma ligação ainda mais forte com eles,
como uma "comunidade" Mas não é verdadeiro, como querem os ativistas,
que estas sejam as únicas ou as maiores dificuldades. Muita aflição é causada
simplesmente por seu estilo de vida - por exemplo, as consequências médicas
(vários males próprios do estilo de vida homossexual), AIDS que é apenas um de
muitos (também o pior). Igualmente vive com a inevitável culpa e a vergonha que
sente do seu compulsivo e promíscuo comportamento, e agravadas pela consciência
de que não pode se relacionar eficazmente com o sexo oposto e é menos provável
que venha a ter uma família (uma perda psicológica, que as campanhas políticas
para a união, a adoção, e direitos homossexuais de herança não podem nunca
adequadamente compensar).
Conquanto
muitos ativistas tentem normalizar para eles estes padrões de comportamento e as
perdas que causam, e conquanto expedientes possam ser feitos para que os
direcionamentos políticos os protejam do grande público, a menos que interrompa
(anule) enormes áreas de sua vida emocional simplesmente ele não pode
honestamente olhar para si mesmo nesta situação e sentir-se satisfeito.
E ninguém
- nem mesmo um genuíno, “homofóbico" – é tão duro com ele como ele mesmo.
Ele luta diariamente com mensagens de auto-condenação. Os ativistas em torno
dele continuam dizendo que tudo isso é causado pela “homofobia internalizada”
da cultura que os circunda, mas ele sabe que não é.
O stress
de “ser gay” conduz a mais comportamento homossexual, não menos. Este princípio
é típico do ciclo compulsivo ou viciante do comportamento autodestrutivo;
arruinando a culpa, a vergonha, e as causas da auto-condenação, só o faz
aumentar. Não é surpreendente que as pessoas voltam-se consequentemente para a
negação para se livrar destes sentimentos. Diz pra si mesmo: "Não é um
problema, consequentemente não há nenhuma razão para que eu me sinta assim tão
mau sobre isso”.
(9) Após
resistir e lutar com tais culpa e vergonha por muitos anos, o menino, agora um
adulto, chega a acreditar – o que é completamente compreensível, - e por causa
de sua negação, necessita acreditar - "Eu não posso mudar de qualquer
maneira, porque a circunstância é imutável." Se mesmo por um momento
considera de outra maneira, levanta-se imediatamente a pergunta dolorosa:
"Então porque não posso…?" e com ela retorna toda a vergonha e
culpa.
Assim, antes
que o menino se transforme num homem, ele formou este ponto de vista: "Eu
sempre fui diferente, sempre um estranho. Eu desenvolvi fixações em meninos
tanto quanto possa recordar e a primeira vez que eu me apaixonei foi por um
menino, não por uma menina. Eu não tive nenhum interesse real no sexo oposto.
Oh, eu tentei fazer tudo direito – desesperadamente. Mas minhas experiências
sexuais com meninas não foram nada especiais. Mas a primeira vez que eu tive o
sexo homossexual ele foi muito bom. Assim faz sentido perfeitamente que a
homossexualidade seja genética. Eu tentei mudar - Deus sabe quanto tempo eu me
esforcei - e simplesmente não consegui. É porque não é mutável. Finalmente, eu
parei de me esforçar e apenas me aceitei da maneira como sou."
(10) As
atitudes sociais para com a homossexualidade exercerão um papel importante que
decidirá mais ou menos se um homem adotará uma perspectiva “de nascença e
imutável”, e em que ponto em seu desenvolvimento. É óbvio que uma visão de
mundo extensamente compartilhada e propagada que julgue normal a
homossexualidade aumentará a probabilidade de que seja adotada tal opinião, e
em uma idade mais adiantada. Mas é talvez menos óbvio que o ridículo, a
rejeição, e a condenação áspera e punitiva dele como uma pessoa deverá apenas
conduzi-lo na mesma posição.
(11) Se
mantiver seu desejo por uma vida familiar tradicional, o homem pode continuar a
esforçar-se contra a sua "segunda natureza." Dependendo de quem
encontra, pode permanecer preso entre a condenação estrita e o ativismo gay,
nas instituições temporais e nas religiosas. A mensagem mais importante que ele
precisa ouvir é essa: "a cura é possível”.
(12) Se
ele entra no caminho da cura, ele verá que a estrada é longa e difícil - mas
extraordinariamente compensadora. O percurso até a plena restauração da
heterossexualidade não é curto, mas é possível.
A partir
das terapias temporais ele virá a compreender que a natureza verdadeira de seus
desejos não é realmente sobre o sexo, e que ele não é definido por seus apetites
sexuais. Em tal ajuste, aprenderá muito possivelmente como relacionar-se
acertadamente com outros homens para ganhar deles uma camaradagem e uma
intimidade masculina genuínas, não-sexualizada; e como relacionar-se
acertadamente com uma mulher, como amiga, amante, companheira de vida, e, com a
graça de Deus, mãe de suas crianças.
Naturalmente
as feridas velhas não irão simplesmente desaparecer, e mais tarde em período da
grande aflição os velhos trajetos de escape quererão voltar. Mas a
reivindicação de que isto significa que ele realmente ”é” um homossexual é uma
mentira. Como ele vive uma vida nova de honestidade e crescimento, e cultiva
uma intimidade genuína com a mulher de seu coração, os novos padrões crescerão
sempre mais fortes e os velhos, gravados nas sinapses de seu cérebro, ficarão
cada vez mais fracos.
Em tempo:
sabendo que suas carências têm realmente pouco a ver com sexo, ele virá mesmo a
respeitar e dar um bom uso às fracas reminiscências que permanecem dos velhos
impulsos. Serão para ele um tipo do aviso de tempestade, um sinal que algo está
avariado em sua casa, que algum velho padrão do desejo e da rejeição e a defesa
estão sendo ativados. E descobrirá que tão logo ajuste sua casa certamente os
impulsos velhos diminuirão cada vez mais.
Em suas
relações interpessoais - como amigo, marido, profissional - terá agora um dom
especial. O que era uma vez uma maldição ter-se-á transformado numa bênção,
para si mesmo e para os outros